terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Em nome das ausências




Não há a quem fale das lagrimas que me escorrem da alma e com elas os vazios a que sempre retorno. Escolho-te, António, em nome dos amores perfeitos que a juventude tem o dom de tocar.  Tu que foste confiança e ternura afirmadas, amparo do crescimento sem dores, supriste o vazio do berço e da infância. Musculaste-me os passos para um caminho aberto de permanentes ausências. Mas consumiste os sabores das palavras coloridas, da plenitude das horas breves que sem ti se esfumavam em gritos íntimos de impotentes alegrias. Sempre os fantasmas de seres ou de sentidos a anular os novos sabores das curvas da vida. Nem sei se me arrependa. Mas ainda os choro. Até nos natais.

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